Distribuição pode ser a chave do sucesso para as 'marcas verdes'

As marcas verdes precisam focar em ampliar as suas redes de distribuição. É o que diz a Organic Monitor, consultoria britânica especializada no segmento de produtos naturais e orgânicos. Segundo a empresa, as marcas verdes mais bem sucedidas são aquelas que expandiram sua distribuição nos canais massivos, quebrando "o teto de vidro verde" e atingindo novos parâmetros de mercado. Apesar do elevado interesse dos consumidores, os produtos tidos como mais sustentáveis têm baixa participação de mercado. Na Europa, por exemplo, os produtos naturais representam apenas 3% das vendas em produtos de cuidados pessoais.

Um fator importante por trás da baixa participação de mercado é que a maioria das marcas verdes está se concentrando em lojas especializadas. Poucos produtos naturais para cuidados pessoais estão nas prateleiras das grandes redes varejistas do canal alimentar, onde são realizadas cerca de um terço das vendas de cosméticos e de higiene nos EUA. As marcas verdes precisam “pensar fora” dos canais de varejo especializados para alavancarem seus recursos. A consultoria aponta como bons exemplos de trabalho nesse sentido a marca Aveda para chegarem aos consumidores em geral.

"Aveda  tem sido bem sucedida na indústria natural de cuidados pessoais também por causa de sua estratégia de distribuição. Ela está posicionada como uma marca de cuidados profissionais de cabelos em salões de beleza. Pesquisas da Organic Monitor mostram que esta é a principal marca de produtos naturais para cuidados pessoais, com distribuição em mais de 7.000 salões", diz o texto da consultoria.

Um grande desafio para as marcas verdes é a seleção de canais e em quais deles apostar de saída. Para adicionar complexidade, o sucesso de produtos sustentáveis em alguns canais cria uma concorrência. Por exemplo, quase todos os grandes varejistas de alimentos na Europa estão comercializando alimentos orgânicos sob suas marcas próprias. O private label também lidera no mercado de produtos verdes de limpeza doméstica.

As complexidades associadas à distribuição levaram algumas “marcas verdes” a criarem suas próprias redes de varejo, caso da The Body Shop, pioneira no conceito varejista ético na década de 1970. Um número crescente de “marcas verdes” estão seguindo seu exemplo e abrindo lojas conceituais. A maioria está na indústria de cuidados pessoais natural, casos da Melvita e Korres que estão abrindo lojas em todo o globo.

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