Fórum de Líderes de Salões de Beleza reúne mais de 400 empresários do segmento para debater o setor

Fórum de Líderes de Salões de Beleza reúne mais de 400 empresários do segmento para debater o setor
Proprietários, diretores e gerentes dos principais salões de beleza do Brasil se reuniram no 1º Fórum de Líderes de Salões de Beleza, que aconteceu nos 26 e 27 de junho, em São Paulo, sob a organização da Beauty Fair – Feira Internacional de Beleza Profissional – e em parceria da Divisão de Produtos Profissionais da L’Oréal.

O evento, desenvolvido para preparar os executivos com o novo cenário do mercado de beleza, trouxe estudos e cases relacionados aos desafios e tendências do varejo, comportamento do consumidor, conjuntura econômica brasileira, desafios da crise e o projeto de lei que formaliza a figura do salão-parceiro e profissional-parceiro nos salões de beleza.

Júlio Takano, CEO da Kawahara Takano, disse que é preciso repensar a maneira como o empresário de salão trata o seu espaço como ponto de venda, incluindo aí a exposição dos produtos destinados à venda. Para ele, não adianta ter uma prateleira com produtos expostos atrás do balcão de atendimento, porque ali, depois que a cliente pagou a conta, a última coisa que ela vai querer é levar um produto para casa, diz o arquiteto que detalhou projetos nos quais os produtos são dispostos de modo a facilitar o processo de apresentação do produto pelo profissional e de experimentação pela cliente.

A digitalização do mundo tem reflexos diretos sobre o negócio de salão de beleza e, por isso, esse foi um tema bastante abordado durante o fórum. Cristina Borges, diretora de novos negócios, comunicação e inteligência da Divisão de Produtos Profissionais da L’Oréal, destacou a importância dos salões de beleza serem  atuantes no mundo digital, definindo sua personalidade neste ambiente e montando estratégias personalizadas de comunicação.

Adriano Santos, Diretor de Formação Comercial da Divisão de Produtos Profissionais da L’Oréal, apresentou o Salon Emotion, um novo modelo de negócio que tem como principal característica a personalização. “Não basta vender apenas produtos, tem que oferecer valor ao consumidor. O profissional  deve colocar-se no lugar do consumidor para que viva  essa experiência”, pontuou.  Para Adriano, os salões necessitam atrair o cliente e gerar interação desde a apresentação de sua vitrine, recepção, diagnóstico e consulta, zona técnica e experiência pós-atendimento presencial para fidelização.

O Projeto de Lei "Salão Parceiro", foi apresentado por José Augusto Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Salões de Beleza (ABSB) e do Sindbeleza Campinas. Após explicar o processo para conseguir a aprovação do Congresso para que o projeto entre em vigor, contando com a participação de muitos gestores de salões, o especialista ainda apontou os benefícios que o PL trará para os donos de salão e para os parceiros.

“Com o PL aprovado, o cabeleireiro tem um contrato de parceria com o salão. Os sindicatos passam a ser responsáveis pela homologação das parcerias, pois estarão aptos para avaliar e legitimar a relação de parceria. Ninguém perde na hora dos impostos. O salão arca com os custos de praxe para manter o negócio aberto e o profissional parceiro arca com as suas despesas. As notas serão emitidas separadamente e o profissional parceiro não responderá mais, em hipótese alguma, aos problemas do salão, que será uma exclusividade do proprietário”, esclareceu José Augusto.

A coordenadora nacional da Carteira Beleza e Bem Estar do Sebrae, Andrezza Torres, reforçou que cerca de 600 mil profissionais brasileiros de beleza estão registrados no sistema de Microempreendedor Individual (MEI). Em sua apresentação, Andrezza falou sobre possibilidades administrativas, inclusive forma de os gestores impulsionarem os lucros. Entre os destaques mencionados para a categoria está o Super Simples, aprovado no Senado (junho/2016) PLC 125/2015: Tributação para negócios de beleza – “Os valores repassados aos profissionais de que trata a Lei 12.592, de 18 de janeiro de 2012, contratados por meio de parceria, nos termos da legislação civil, não integrarão a receita bruta da empresa contratante para fins de tributação, cabendo ao contratante a retenção e o recolhimento dos tributos devidos pelo contratado. “O grande problema estava em pagar o imposto que cabia ao profissional e não à estrutura do salão”, pontuou ao reforçar que entrará em vigor em janeiro de 2018.

Andrezza também apresentou uma cartilha do Sebrae, com 90 páginas incluindo documentos e explicações técnicas, com práticas de empreendedorismo para salões de beleza no Brasil.
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