Mudanças na Tributação: Bio Extratus diz ser 'um retrocesso' para o setor cosmético

Mesmo que ainda não tenha sido publicado no Diário Oficial, as mudanças anunciadas pelo governo em termos de Tributação já estão movimentando o setor cosmético, por conta dos inevitáveis impactos que deverão atingir a realidade das companhias deste segmento. Na visão da Bio Extratus, estas mudanças são consideradas como um retrocesso no setor de cosméticos, pois afetará seu sistema de distribuição. 

“Este sistema é o elo da cadeia que leva as mercadorias até as regiões mais difíceis de entregas. As medidas impactarão para baixo os negócios dos distribuidores, já que estes deixarão de investir em equipes de trabalho e gerarão menos empregos em função do recuo da demanda pela compra de cosméticos. Em alguns casos, tanto a Bio Extratus quanto seus distribuidores localizados nas principais cidades do País, poderão ter de fazer ajustes internos e reduzir investimentos previstos para os próximos anos”, avalia Gessy Alves, consultor comercial e contábil da Bio Extratus, ressaltando ainda que as famílias e os postos de trabalho sofrerão as consequências desta medida do governo.

Ainda acerca dos possíveis impactos, a companhia mineira indica que as oportunidades de emprego geradas pelo setor na indústria, nas lojas, profissionais de salões de beleza e estética e nas distribuidoras, serão seriamente afetadas. “Apesar de o governo negar, a medida atinge em cheio as distribuidoras atacadistas. O IPI passará a ser cobrado não só das fábricas, mas também das empresas distribuidoras. Toda a cadeia acabará sendo taxada. Significa dizer que haverá um alargamento da base de cálculo do IPI. Assim, os cosméticos vão ficar mais caros, pois as distribuidoras vão repassar os aumentos tributários e o consumidor final será impactado”, considera Gessy.

A Bio Extratus declara também que ainda não é possível calcular o impacto destas alterações em termos financeiros, seja no dia a dia empresarial ou no mercado em que atua.  A posição da empresa é de aguardar o teor do decreto e suas respectivas regulamentações. “Só assim poderemos nos manifestar com base em textos legais conclusivos. Essa visão arrecadatória poderá provocar o aumento da informalidade, como exemplo. As empresas da cadeia produtiva serão afetadas. A carga tributária direta que agrava o setor já é extremamente elevada”, aposta ele.

A companhia diz ainda que as atitudes que poderão ser tomadas só serão discutidas assim que forem conhecidos os detalhes da medida. “Temos de relatar o posicionamento da Abihpec (leia aqui) ao manifestar repúdio e total oposição ao aumento da carga tributária. Há disposição ao diálogo, mas há também um limite: não podemos aceitar mais aumento de impostos. A nota do presidente da entidade é bem clara: ‘Nós vamos para a briga'. A Bio Extratus participará e estimulará o diálogo entre o setor público e o privado através da Abihpec. Em conjunto, buscaremos garantir a segurança dos investimentos e manter a confiança nas boas relações entre o Governo e o setor de cosméticos”, complementa o consultor comercial e contábil da Bio Extratus.

A expectativa da empresa mineira é de debater o tema e mostrar para o governo que as medidas anunciadas prejudicarão o desempenho econômico da indústria de cosméticos. "A Abihpec tem um papel fundamental neste processo de diálogo. Ela, como entidade que nos representa, terá  total apoio da Bio Extratus na iniciativa e busca de  um diálogo construtivo  e permanente. Entendemos que a economia passa por ciclos e que o governo precisa, em alguns momentos, de adotar medidas impopulares, mas nossa visão é de que esta mudança no IPI dos cosméticos trará consequências negativas que prejudicarão  um setor que muito tem contribuído para o desenvolvimento do País", finaliza Gessy, informando que a “Bio Extratus acredita na capacidade deste governo de dialogar com nossos representantes e de se sensibilizar a tempo para evitar este equívoco.”


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