O natural em pauta

O natural em pauta
Com a categoria de cosméticos naturais e orgânicos, a indústria busca formas de lidar não somente com a formulação, mas também com a questão da Comunicação e do Marketing adequados à essa proposta. O Atualidade Cosmética Workshop - Naturais e Orgânicos trouxe especialistas do mercado para compartilharem sua expertise em mais uma edição do evento


A indústria de cosméticos demanda de seus profissionais e empresas uma reciclagem constante, seja nas técnicas e tecnologias utilizadas em suas linhas de produções, ou em suas formas de fazer negócio e identificar novas tendências de mercado. Com o intuito de incentivar a discussão acerca de assuntos pertinentes à indústria e proporcionando uma melhor capacitação com a exposição de pontos importantes de especialistas e a troca de vivências entre os próprios participantes, foi realizado em São Paulo, no final de março, mais uma edição do Atualidade Cosmética Workshop.
Desta vez, o tema discutido foi a categoria de produtos naturais e orgânicos no mercado de beleza. Não mais visto como uma tendência momentânea, os chamados produtos verdes ganham mais musculatura no meio.

A programação foi aberta por Juliana Martins, especialista de beleza da Mintel, consultoria de inteligência de mercado. A apresentação da especialista abordou alguns pontos importantes a serem considerados, como: a motivação dos clientes em procurarem esse tipo de produto; como a procura pela autenticidade; o receio de produtos industrializados; possíveis alergias que aditivos possam causar; e a fidelidade desses clientes a marcas que sejam congruentes com seus valores culturais e ideológicos. Na segunda metade de sua apresentação, foram exibidas estatísticas de mercado que comprovam a preferência do cliente por um produto orgânico e os benefícios que a indústria pode ter ao aderir a essa nova realidade.

O segundo painel contou com a presença da CEO da Bioart, Soraia Zonta e do sócio-fundador da Sol de Janeiro, Daniel Tomiazzi. Nele foi abordada a questão do espaço para as marcas brasileiras de cosméticos com apelo natural e orgânico podem conquistar no exterior. A Sol de Janeiro, por exemplo, apesar de lançada no Brasil, está presente hoje apenas no exterior, com distribuição nas lojas da Sephora nos Estados Unidos e na Europa. Já Soraia, investiu na construção de uma fábrica que atende todas as normas para a produção de cosméticos naturais e orgânicos, de acordo com os padrões internacionais. A marca que é comercializada no Brasil, já está presente em lojas no Japão e nos Estados Unidos, além de ter sido procurada por varejistas europeus também. 

Em seguida, o sócio-fundador e CEO da Souvie, Breno Bittencourt e o especialista em varejo, André Elias Gonçalves, discutiram em um painel o espaço que existe atualmente em redes de perfumarias, drogarias e supermercados para os produtos orgânicos. Primeiro, Breno trouxe um pouco da história de sua marca, abordando o desenvolvimento da proposta da Souvie, buscando o máximo de ingredientes orgânicos possíveis nas fórmulas de seus produtos e a vivência que estão tendo atualmente ao distribuir e expandir sua marca pelo Brasil. Em seguida, André Elias trouxe um pouco de sua expertise no campo, evidenciando que a consumidora sempre optou por um produto mais natural, que ela sempre se sentiu bem ao utilizar do orgânico.

Após um rápido coffee-break, Elaine Gerchon, gerente de projetos da Factor-Kline, empresa global de pesquisa e inteligência de mercado, trouxe insights sobre os mercados norte-americano e britânico, indicando as tendências do exterior que fizeram com que os produtos naturais não sejam mais considerados um nicho, mas sim uma realidade que gera cerca de 7% do consumo total de produtos cosméticos no mundo, o que equivale a US$ 36 bilhões.

O workshop então foi finalizado com um painel de discussão composto pelo cosmetólogo Jadir Nunes; Cacá Habeyche, da Escola de Automaquiagem Cacá Make Up; e pela blogueira Ana Nyle Ferrari, acerca dos cosméticos naturais e seus benefícios para a pele da consumidora. Quais são as vantagens de se usar produtos verdes e livres de ativos que podem causar alergias diversas à pele, foi um dos principais questionamentos levantados. Ao final, a discussão - assim como na primeira metade do workshop - tornou-se aberta para as opiniões e questionamentos dos profissionais presentes na sala, bem como do público que acompanhou o evento.
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