Vendas da empresa nas oito primeiras semanas do segundo trimestre apresentam queda de 3%, excluindo a variação cambial do período. Vendas de consumer fragrances cresceram dois dígitos
A casa de fragrâncias e ingredientes norte-americana IFF forneceu, no início de junho, uma atualização sobre o desempenho da empresa nas primeiras oito semanas do segundo trimestre de 2020 (basicamente os meses de abril e maio).
As vendas nesse período sofreram uma queda de 3% na comparação com o mesmo período do ano anterior, descontando a variação cambial do período. O resultado reportado, que leva em conta o valor das moedas em relação ao dolar no período, foi uma queda de 7%. O CEO da IFF, Andreas Fibig, lembrou que esse período coincidiu com o pico das ações regulatórias de restrição e distanciamento social em todo o mundo. "Continuamos afortunados pelo fato de que a maioria dos nossos negócios estar em mercados e categorias resilientes, mas não somos totalmente imunes", disse o executivo.
Os produtos da empresa relacionados com categorias altamente demandadas durante a pandemia, como alimentos embalados, bebidas e produtos para higiene e desinfecção, que em 2019 representaram aproximadamente 85% da receita total da IFF, apresentaram no seu conjunto um crescimento de 3% nas vendas nessas oito primeiras semanas do segundo trimestre, desconsiderando a variação cambial. As vendas de fragrâncias para produtos de consumo, que abarca as categorias de higiene pessoal, cosméticos e produtos de limpeza, apresentou crescimento de dois dígitos.
Na outra ponta, os negócios como os de perfumaria fina e Food Service, que foram altamente impactados pelas restrições de locomoção e fechamentos de lojas nos principais mercados do Ocidente, sofreram bastante. Representando aproximadamente 15% da receita total da empresa em 2019, as vendas nesse conjunto de categorias sofreram queda de aproximadamente 40% em comparação com o período correspondente do ano passado, desconsiderando a variação cambial.
Do ponto de vista geográfico, a IFF vê a América do Norte mostrando resiliência, enquanto os mercados emergentes, especialmente Índia e vários países da América Latina, sendo mais impactados pela COVID-19 e por fortes medidas de restrição. Na China, onde as restrições já diminuíram, o crescimento vem melhorando continuamente.
O menor volume de vendas, com mix desfavorável (as margens de fine fragrances, por exemplo, são superiores às de fragrâncias de consumo), combinado com o aumento de custos adicionais de fabricação e prevenção da COVID-19, reduziram o lucro bruto em 12%.
Somados os números dessas oito semanas aos resultados do primeiro trimestre, as vendas da IFF apresentam crescimento de um dígito baixo. "Dado o alívio das restrições em muitos países que estamos vendo em junho, estou cautelosamente otimista de que as vendas e os lucros melhorarão à medida que a atividade econômica recomeçar", acredita Fibig. "Quase todos os nossos Centros criativos globais e instalações de fabricação continuam em operação. Em toda a rede global da IFF, as equipes começaram a seguir as diferentes fases do nosso protocolo de retorno ao trabalho. Essa estratégia gradual de retorno ao trabalho visa priorizar a segurança de todos os funcionários da IFF e criar uma nova maneira de trabalhar que nos permita continuar atendendo às necessidades dos clientes, respeitando os regulamentos dos governos", conclui o CEO da companhia.
